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Haja Piedade de Piedade! Em mais um episódio dessa série de personalidades e momentos históricos quase esquecidos, hoje vamos relembrar de acontecimentos trágicos nesse bairro do subúrbio carioca.

Antes de começar com a tragédia, devo enfatizar a importância histórica desse bairro quase esquecido para a cidade do Rio de Janeiro. Vocês sabiam que a primeira Universidade do subúrbio foi a Universidade Gama Filho? Sim! E ela fica em Piedade, cujo hoje está entregue as traças. Sabiam também que Piedade foi o primeiro bairro suburbano a receber a eletricidade em 1905?

Fonte: Na própria foto. Faculdade Gama Filho em 1951.
Fonte: Opinólogo. Faculdade Gama Filho em pleno funcionamento.
Fonte: wagnerm.exposure.co Faculdade Gama Filho atualmente desativada.

Dito essas coisas boas para não falar que sou injusta, vamos começar com a nossa série “A história quase esquecida”. Estão preparados?

O nome

A tragédia já começa quando a estação ferroviária fica pronta em 1873. Pois é, meu caro leitor. Como tinha muitos gambás na região, acharam apropriado batizá-la de “Estação dos Gambás”. O que, obviamente, chateou bastante os moradores. A história conta que uma senhora pediu com piedade que mudassem o nome, comovendo os responsáveis que logo concordaram. A partir daquele dia, o bairro seria Piedade.

Outro fato caótico foi a famosa “Tragédia de Piedade”. Essa história, se você conhece um dos maiores escritores da literatura brasileira Euclides da Cunha, provavelmente já sabe, mas relaxa. Vou contar pra refrescar sua memória! Senta aí.

A tragédia de Piedade

Rumo aos seus vinte anos de República, em 1909, a cidade do Rio de Janeiro sofreu uma grande perda: Euclides da Cunha. Na época o escritor já era famoso graças sua exímia obra “Os sertões, entretanto não falaremos das sua arte hoje.

Euclides foi o protagonista deste fatídico escândalo no subúrbio da cidade do Rio e Janeiro em busca de proteger sua honra. Bem, a história conta que o escritor era um homem carinhoso, um homem bom que já havia perdoado as traições de sua esposa anteriormente, contudo tudo mudou quando Anna se mudou para casa do amante.

Fonte: Domínio Público. Euclides da Cunha

Dilermando de Assis era um gaúcho militar, engenheiro, escritor e ainda fazia parte da maçonaria brasileira. Enquanto Anna tinha 33 anos, Dilermando tinha 17. Se casos extraconjugais já eram naturalmente escandalosos, a diferença de idade deste apenas agravava a fofoca.

Cada vez mais pressionado, Euclides chegou em Piedade – na casa de Dilermando e seu irmão Dinorah – pronto para matar ou morrer como ele mesmo havia gritado. E morreu. Levou uns tecos certeiros enquanto tentava várias vezes exterminar o amante da sua esposa, mas em contrapartida prejudicou mais Dinorah.

E olha que exemplo de força de vontade! Mesmo com uma bala alojada na espinha, o homem jogou e ganhou pelo Botafogo naquele ano! Infelizmente foi perdendo os movimentos do corpo aos poucos até a bala ser removida em 1913 em Minas Gerais. Com sérias sequelas, Dinorah tentou suicídio várias vezes até finalmente conseguir morrendo afogado no Lago Guaíba em Porto Alegre.

Dinorah de Assis | de tudo um pouco
Fonte: gloriaperez.com.br Dinorah de Assis no Botafogo

Euclides levou a pior. Bateu as botas lá mesmo, tornando o engenheiro e militar Dilermando no homem que matou Euclides da Cunha. Acha que a história acaba por aí? Que nada!

Em 1916, Euclides da Cunha Filho, ou mais conhecido como Quidinho, vai em busca de limpar a honra do seu pai e da sua família repetindo os passos do escritor. É então que em cartório do fórum do Rio de Janeiro que acerta Dilermando pelas costas. Nessa confusão toda, em legítima defesa, Dilermando dispara contra o adversário.

Adivinhou quem levou a pior? Exatamente. Mais um Euclides.

Fonte: O Malho.

A Fera da Penha 

Ai gente! Esse crime frio e calculista marcou a década de 60… E Piedade. Haja Piedade!

Tudo bem. Admito que não aconteceu literalmente no bairro, mas começa aqui. Piedade era o bairro que o casal Antônio e Nilza moravam com suas filhas pequenas.

Mas o safado… Digo, o homem tinha um caso com uma jovem de 22 anos chamada Neyde Maria Maia Lopes, uma fã de histórias de mistério e suspense.

Neyde não sabia que seu namorado tinha uma família e quando soube, misericórdia! Virou uma fera. A Fera Penha.

Aventuras na História · Fera da Penha: O crime brutal que chocou o ...
Fonte: Aventuras na História

A amante não esqueceu que Antônio optou pela família. Inspirada pelas leituras de mistério e suspense que tanto era fascinada, Neyde cercou a casa dele em Piedade, anotou os hábitos da família e os horários também. A partir daí, colocou seu plano em prática:

Inventando ser uma conhecida de colégio da Nilza, esposa do amante, ela começou a se tornar íntima e solidificar seu plano maligno. Ciente que o amor da vida dele era Tânia, uma das suas filhas, decretou:

Ou você se separa de Nilza ou mato sua família inteira”, ela disse.

Surpreso, porém sem levar a sério, Antônio desconsiderou a ameaça. E ela é uma mulher, não é mesmo gente? Cumpre o que promete. Infelizmente nesse caso.

No dia 30 de junho daquele ano, a ardilosa Neyde buscou a pequena Tânia de 4 anos de idade na escola sem que a mãe soubesse. Não demorou muito para que Nilza descobrisse que a filha tinha sido sequestrada e logo todos souberam também.

Antônio era o único que podia ajudar a filha. E não conseguiu.

Sabendo de um matadouro próxima a casa da amiga que tinha levado Tânia, Neyde pegou uma arma calibre 32 e disparou. Em seguida, colocou o álcool no corpo da menina e ateou fogo.

Fonte: Mega Curioso

Piedade não é pra qualquer um não. kkkkkkkk 

Fontes:  

 

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